

Luna tinha cinco anos e um abraço gigante. Adorava rock n roll baixinho, histórias beeeem demoradas e olhar curioso. Parecia sempre prestes a descobrir um segredo. Naquele dia, o coração dançava contente.

—Luna, vem aqui —chamou a mamãe Ana Clara, sorrindo segredo. O papai Iago piscou cúmplice. —Temos uma missão especial. —Pra mim? —perguntou Luna, com olhos brilhando, pulando no tapete.

—Alguém muito importante está a caminho —disse a mamãe. —Vai morar com a gente —completou o papai. —É um bebê! Mas ninguém sabe se será irmãozinho ou irmãzinha. —Eu ajudo a descobrir!

Ana Clara entregou uma caixinha brilhante. Iago sussurrou: —Coragem de exploradora. Luna segurou com as duas mãos. —Estou pronta. A família juntou-se e contou baixinho: um… dois… três…

Com cuidado, Luna abriu. Dentro havia um laço dourado com um cartão: “irmãzinha”. —Uau! —disse ela, abraçando a caixinha. Ana Clara sorriu tremendo. Iago bateu palmas: —Missão revelada, capitã Luna!

—Minha missão: ser a melhor irmã mais velha! —anunciou Luna. —Com carinho e coragem —disse a mamãe. —E com música —brincou o papai. Luna tocou ar-guitarra, riu, prometendo proteger, brincar, ajudar.

Juntos, organizaram um cantinho. Luna colou estrelas de papel e desenhou corações. —Para a minha irmãzinha —falou orgulhosa. Ana Clara ajeitou almofadas, enquanto Iago pendurava luzinhas. A casa brilhou macia.

Luna ensaiou histórias longas. —Era uma vez... —sussurrou, bem mansinho. Treinou abraços delicados e um rock n roll de ninar. —Dormezinho, pequena estrela —cantou. Os pais bateram palmas baixinho, emocionados.

De repente, Luna franziu o nariz. —E se eu errar a missão? —A missão tem amor —disse Ana Clara. —E amor aprende —completou Iago. Luna respirou fundo, escutou o coração bum-bum tranquilo.

Iago pegou o violão. Tocou um rock doce. —Nosso trio virou quarteto —brincou. Luna rodopiou com Ana Clara pela sala. —Bem-vinda, irmãzinha! —gritou sorrindo, enquanto o violão fazia tum-tum alegre.

Luna desenhou um bilhete com estrelas. —Prometo brincar, cuidar e dividir —leu em voz alta. Guardou o bilhete na caixinha dourada. Ana Clara e Iago a abraçaram apertado, rindo juntos.

Na hora de dormir, Luna encostou o ouvido na barriga da mamãe. —Boa noite, irmãzinha. Missão aceita —sussurrou. Iago apagou as luzes. Ana Clara beijou sua testa. A casa sonhou macio.
--:--
--:--
0/12