

Gyovanna apertou a mão de Paçoca no avião. Quando pousaram, o vento cheirava a novidade fresca. Ela sorriu e disse: Olá, Inglaterra! Paçoca abanou o rabo e deu um arf. Luzes vermelhas de ônibus brilharam pelas ruas. Gyovanna ajeitou a mochila azul nos ombros. A aventura começava com passos pequenos e curiosos. Ela prometeu cuidar de Paçoca em cada passo.

De manhã, foram ver o Big Ben. O relógio cantava tique-taque como coração gigante. Gyovanna cochichou: Que som pontual e elegante. Paçoca ergueu o focinho gordo, prestando atenção. As nuvens passavam devagar, como barcos no céu. Tiraram uma foto, rindo da pose séria. — Próxima parada, ponte famosa, disse Gyovanna animada. Paçoca respondeu com um afetuoso ruf.

Na London Eye, subiram devagar na cápsula brilhante. A cidade virou um tapete colorido lá embaixo. — Olha as casinhas, Paçoca, parecem brinquedo. O cão encostou o nariz no vidro, encantado. Gyovanna apontou o rio correndo como fita azul. Lá longe, barcos deixavam risquinhos brancos. Eles respiraram fundo e guardaram o momento. — Que giro alto e macio, disse Gyovanna.

O cheirinho de fish and chips encheu a rua. Gyovanna pegou um cone crocante e quentinho. — Um pouquinho de vinagre, por favor, disse. Paçoca ganhou um pedacinho próprio, sem tempero. Ele lambeu os lábios e sorriu caninamente. Batatas estalaram felizes entre risadas e migalhas. — Delícia inglesa aprovada, brincou Gyovanna satisfeita. Continuaram caminhando, guardando o papel perfumado.

Eles subiram no ônibus vermelho de dois andares. Lá em cima, o vento fazia cócegas gentis. — Cuidado com a escada, disse Gyovanna, rindo. Paçoca subiu devagar, focinho curioso e atento. Eles tocaram a campainha: ding, próxima parada. Lojas passavam como quadros num museu veloz. Gyovanna apontou bandeiras, placas, e um cartaz engraçado. Paçoca concordou com um arf elegante.

No Palácio de Buckingham, guardas ficavam muito sérios. — Chapéus altos, passos iguais, sussurrou Gyovanna. Paçoca tentou não espirrar com tanta elegância. Eles acenaram discretamente e tiraram fotos calmas. Um portão dourado brilhava como sol polido. — Talvez a rainha esteja tomando chá, brincou. Paçoca respondeu: Ruf, chá de ossinho, por favor. Riram baixinho e seguiram para o parque.

Uma chuva fina começou a dançar no céu. Gyovanna abriu o guarda-chuva azul como flor. — Vem, Paçoca, fica pertinho de mim. Eles pularam poças fazendo splash contente. Sapatos molhados, risadas leves, passos apressados. Depois, um chá quentinho esquentou as mãos. Paçoca ganhou água fresca e uma toalha. — Chuva na Inglaterra também é aventura, disse.

Na Tower Bridge, observaram o rio cinza e forte. De repente, a ponte abriu as asas mecânicas. Barcos passaram orgulhosos, soltando buzinas felizes. — Parece mágica de ferro, sussurrou Gyovanna. Paçoca imitou o som: Ruf, rúuuf, contente. Eles bateram palmas e tiraram mais fotos. Ventava, então apertaram os casacos com cuidado. A ponte tornou a fechar, suave como abraço.

No parque verde, grama cheirava a manhã nova. Esquilos curiosos surgiram, mas Paçoca só observou. — Sem correr atrás, combinado, disse Gyovanna. Eles lançaram um frisbee e praticaram comandos. Senta, pata, gira, tudo com alegria cuidadosa. Uma lagoa brilhou com patinhos organizados. Respiraram fundo e agradeceram o dia gentil. — Inglaterra é também tranquilidade, sussurrou ela.

Foram a um museu cheio de histórias brilhantes. Ônibus antigos sorriam com rostos de faróis. — Imagina dirigir esse grandão vermelho, disse. Paçoca sentou ao lado, comportado e atento. Eles leram placas e seguiram todas as regras. Cada sala parecia um livro abrindo sozinho. No fim, desenharam um ônibus num caderno. — Museus são fábricas de ideias, falou Gyovanna.

Era hora do chá com scones e geleia. Gyovanna mexeu o chá, pingando leite clarinho. — Crocante por fora, macio por dentro, mmm. Paçoca ganhou um biscoito próprio para cães. Ele mastigou contente, sem farelos no chão. Riram, brindando com xícaras quentes e seguras. Do lado de fora, sinos tocaram doce música. — Que tarde perfeita, suspirou ela, feliz.

No último dia, arrumaram as malas devagar. Cartões-postais e fotos formaram um pequeno tesouro. — Até logo, Inglaterra, disse Gyovanna sorrindo. Paçoca encostou o focinho gordo na janela. A cidade ficou atrás, brilhando como lembrança. Eles prometeram voltar para novas descobertas. No coração, a viagem continuava batendo feliz. — Obrigada, mundo, por tanta beleza, disse.
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