

Gyovanna pulou do trem e sorriu: “Chegamos a Amisterdã!” Paçoca abanou o rabo: “Au, cheiro de aventura!” Eles atravessaram a estação, vendo canais brilharem ao sol. “Olha as casas estreitas”, disse Gyovanna. “E bicicletas por todo lado”, respondeu Paçoca. Contaram pontes até o hotel. “Cada ponte é um desejo.” “Au, então já quero pedalar!”

De manhã, Gyovanna ajustou o capacete vermelho. “Pronto, piloto?” Paçoca pulou no cestinho e latiu: “Au, copiloto pronto!” Eles alugaram bicicletas na máquina automática. “Trin-trim!” tocaram as campainhas, rindo. Pedalaram pelas ciclovias azuis, seguindo setas brancas. “Sempre à direita e com cuidado”, lembrou Gyovanna. “Au, sigo o faro e as placas!”

À beira do canal, o ar cheirava a caramelo. “Stroopwafel!”, disse Gyovanna, comprando com moedas na máquina. O biscoito saiu quentinho. “Uma mordida para mim.” “Au, migalhinhas para mim”, pediu Paçoca. Eles dividiram sorrindo, olhando reflexos dançarem na água. “Que cidade doce.” “Au, e crocante!”

Numa praça, entraram num museu de ciências interativo. “Olha o túnel do vento!”, disse Gyovanna. Paçoca vestiu óculos de proteção de papelão: “Au, cientista canino!” Eles testaram engrenagens, levantaram água com uma roldana e fizeram barquinhos. “Qual navega mais rápido?” “Au, o meu segue o faro do vento!” Riram com a experiência.

No Vondelpark, estenderam uma toalha xadrez. “Provei queijo Gouda!”, disse Gyovanna, oferecendo pedacinhos. “Au, eu fico com petiscos caninos”, latiu Paçoca, satisfeito. Eles viram patos e folhas girando ao vento. Jogaram frisbee imaginário com a sombra das árvores. “Hora da panqueca holandesa!” “Au, e um gole d’água geladinha.”

Iam de barco pelo canal, coletes salva-vidas ajustados. “As janelas dessas casas são enormes!”, admirou-se Gyovanna. “Au, parecem quadros”, respondeu Paçoca. Passaram sob pontes baixas, ouvindo ecos. “Trin-trim!”, soaram bicicletas lá em cima. Gyovanna apontou ganchos nos telhados. “Servem para içar móveis.” “Au, para içar sonhos também!”

No mercado de flores, tulipas coloridas formavam um arco-íris. “Hoi!”, praticou Gyovanna, rindo. “Dank je”, respondeu para si mesma, treinando. Paçoca cheirou com cuidado: “Au, perfume de sol!” Compraram uma tulipa de madeira na máquina. “Presente para lembrar a viagem.” “Au, vou guardar na mochila.” Eles dançaram entre vasos como dois zigue-zagues.

No campo, um moinho girava devagar. “O vento fala!”, disse Gyovanna. De repente, a bandana azul de Paçoca voou. “Au! Minha bandana!” Eles correram pela ciclovia, seguindo o tecido saltitante. “Calma, vamos rastrear.” Paçoca cheirou o ar, atento. “Au, pista de brisa a caminho!”

A bandana pousou perto de uma ponte. Gyovanna apontou: “Ali!” Paçoca foi farejando, passo a passo. “Au, encontrado!” Ele balançou a bandana como bandeira de vitória. “Herói de quatro patas”, riu Gyovanna. Voltaram ao moinho e tiraram fotos imaginárias. “Clica!” “Au, sorriso enrugadinho de Shar-Pei!”

Começou uma chuvinha fina. “Capas de chuva, check!”, disse Gyovanna. Pedalaram devagar, luzes acesas. Pararam sob uma marquise e dividiram uma appeltaart comprada na máquina. “Maçã quentinha é abraço”, disse ela. “Au, água fresca pra mim”, latiu Paçoca. Pularam em poças, salpicando risos pela rua.

À noite, as luzes dos canais desenharam estrelas na água. “A cidade parece um céu invertido”, disse Gyovanna. “Au, e eu sou o cometa”, respondeu Paçoca. Eles embalaram lembranças: ímã de casinha, tulipa de madeira, mapas dobrados. “Dank je, Amisterdã.” “Au, tot ziens!” Bateram campainhas pela última volta: “Trin-trim!”

No dia da partida, malas prontas e corações cheios. “Viajar é aprender a cuidar dos lugares”, disse Gyovanna. “Au, e das pessoas também”, completou Paçoca. Eles contaram as pontes uma última vez. “Quero voltar.” “Au, eu também.” O trem partiu macio, levando junto sorrisos, pedaladas e o vento do moinho.
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